Danizy

 

Descrição detalhada das obras:

 

 

Pedra da Gávea 

 "O cachorro vem programado para ser leal"

Rio de Janeiro, Brasil, 2021

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        A pedra da Gávea também conhecida como garganta do céu, é um dos lugares mais místicos do Rio de Janeiro e existem várias histórias e teorias  que rondam essa região, que para alguns é uma espécie de portal para outra dimensão e, para outros, uma estação para naves extraterrestres.

 

         O Rio de Janeiro em si tem uma beleza que é apreciada por milhares de turistas, anualmente. No entanto, a cidade é, infelizmente, conhecida também por sua violência e extrema desigualdade social, cujas expressões máximas se dão nas famosas favelas do Rio de Janeiro e seus comandos paralelos.

 

     Vale destacar que, além da exuberância da beleza natural, o Rio de Janeiro abriga obras arquitetônicas importantes, tais como MAC (Niemeyer), em Niterói, a casa onde Niemeyer viveu. A cidade foi – e ainda é –  berço de diversas expressões culturais, do modernismo brasileiro, da bossa nova, do carnaval de rua e do Sambódromo, passando pelos arcos da Lapa e pelo Centro Cultural Cidade das Artes (Sergio Bernardes). 

 

          O Rio de Janeiro é uma espécie de síntese do Brasil, de sua beleza natural, de seus feitos artísticos e culturais, e das contradições sociais que assolam nosso país. Diferente de São Paulo, no Rio de Janeiro temos uma urbanização mais democrática: menos muros e mais espaços de convivência – ainda que nem sempre de forma harmônica – entre as diferentes classes sociais. Menos Shoppings e restaurantes, mais praias, floresta e samba. O Rio de Janeiro é, sob esse ponto de vista, mais pós-moderno, com mais espaços de inclusão acessíveis a todos. 

 

      Nessa chave, é interessante pensar a beleza do Rio como uma “compensação utópica” (Fredric Jameson) para os males da desigualdade que a assolam. Por isso, essa beleza cristalizada em um dos lugares mais exóticos da cidade, a Pedra da Gávea, localizada na Floresta da Tijuca, foi o lugar que escolhi como palco para a representação dessa cena. De lá, dos seus 842 metros de altura, pode-se ver a Lagoa Rodrigo de Freitas, a praia de São Conrado, o Penhasco Dois irmãos, a avenida Niemeyer, o Vidigal e o Leblon.

 

     Da Pedra da Gávea podemos ver as contradições inerentes à vida no Rio de Janeiro. A menina de costas, observando o horizonte, cria no espectador uma curiosidade em relação à sua idade, o que faz ali, e como chegou lá. No que ela estaria pensando? A visão das idiossincrasias cariocas – do Leblon ao Vidigal, por exemplo – é um convite à reflexão. O espaço público é um convite a todos. A Pedra da Gávea pode ser, nesse sentido, uma pedra filosofal, capaz de transformar a mera contemplação das belezas da cidade em pensamento reflexivo. Quem sabe mesmo até transformar pensamento em ação.

 

         Temos algumas pistas de quem é essa menina: suas roupas são comuns. Seu cachorro (será que é dela mesmo?) não é de raça. Não vemos seu rosto. Quais serão os seus sonhos? Como ela, ainda pequena, interpreta essa visão panorâmica do Rio de Janeiro? Sabemos apenas que ela olha para essa paisagem deslumbrante, no fim do dia – início da noite. Sabemos apenas que ela senta, observa, e se deixa ser inundada por luzes, sejam as do por do sol, sejam as da cidade. Quem sabe essas luzes a iluminem, a despertem, a façam pensar e sonhar sobre qual futuro quer para si. Para os seus. Para todos. A Pedra da Gávea é esse convite simbólico à reflexão e à união.

 

          O cachorro está de costas para a paisagem, está de frente para o espectador, olhando para a plateia. Só ele pode ver o rosto da menina, afinal ele se apoia nela, ele não está preocupado com o futuro, ele talvez queira mesmo é ter alguém para dividir a solidão, gratuitamente;  um momento de afeto, naquele instante. O animal vive no presente e sempre te olha nos olhos; eles enxergam além, são almas elevadas pois sua passagem na terra é rápida e por isso eles sempre oferecem o seu melhor. Os homens simples que vivem nas ruas, geralmente invisiveis da sociedade, na miséria, nunca estão sós, têm sempre um cachorro ou vários o seguindo, e esses nunca dão unfollow.

Vemos cenas como essas, diariamente, nas ruas do Rio de Janeiro, São Paulo e em todo o Brasil. Mas a companhia do animal funciona dentro de uma lógica da propria da natureza divina. O cachorro vem programado para ser  leal. Estamos diante de uma sociedade cínica (ANTISTENES 445-365a.C).  A palavra “cínico” vem do grego “cão", e os cínicos eram aqueles que negligenciavam a familia,  o dinheiro,  a sociedade e a própria higiene. O cínico é como um cão abandonado pela sociedade, largado, solto, perdido, isolado, invisivel.

 

       Há esperança? Para Jean-Paul-Sartre, o mundo seria melhor sem os Homens. Não concordo. Acredito que o mundo seria melhor com mais mulheres e cachorros.

 

Mural Route 66

"Você não pode interferir na metamorfose

  Flasgtaff, Arizona, 2019

         Era um verão quente nos Estados Unidos quando entrei na rodovia 15, em Los Angeles, na Califórnia, em “busca do meu tempo perdido”, na pitoresca cidade de Flagstaff, no Arizona. O mapa me guiava não somente a um lugar para onde me dirigia a fim de participar de uma residência, mas também para o meu destino: aceitar para mim mesmo que queria ser um artista.

 

     Atravessando o deserto do Arizona, sozinho no carro e embalado por muita música, me sentia como se estivesse vivendo uma experiência da geração Beatnik, em pleno século 21. Não havia ninguém na estrada, no entanto me sentia como que acompanhado por muitos artistas, escritores e poetas. Nesse fluxo de ideias desafiadoras minha mente estava na mesma rotação que o vento, capaz de tombar um caminhão e o conformismo, diante da natureza selvagem. Como um pássaro que migra com sua própria bússola, andei por cerca de 900 quilômetros até chegar em Flagstaff, um paraíso no deserto rodeado de muito verde, a 2106 metros acima do nivel do mar.

 

       Percorrendo mais uma vez a Rota 66, a maior rodovia dos Estados Unidos, criada em 1926, pude entender muito do seu magnetismo e de sua fama. Apesar de ter vivido nessa cidade por seis meses para participar de uma outra residência, foi somente nesse retorno a Flagstaff que fui impactado por um muro em branco, de enormes dimensões, em um dos principais cruzamentos da cidade: a Rota 66 esquina com rua Quatro. Ali, pensei: quero pintar esse muro, quero fazer parte da paisagem que inspirou tantos filmes que muito me influenciaram.

 

         A jornada estava apenas começando. Com tantos assuntos, eu e Joe Cornelius, com quem eu fiz a residência e para mim um dos maiores pintores da atualidade, nós passamos a nos reunir no quintal da sua casa para conversar sobre a arte, a pintura, a vida, enfim, sobre tudo, numa parceria frutífera e criativa. Lá, começamos a dar corpo para a nossa ideia de uma maneira muito prosaica, regada a muito café moído na hora, e com a deslumbrante vista da montanha Humphrey, com seus imponentes 3.850 metros de altitude.

 

         Nossas  conversas não eram para definirmos a obra em si; estávamos compartilhando experiências de vida, culturas e religiões diferentes, e nossa obra surgiu dessa intensa exploração subjetiva entre nós que. Joe me contou que, quando era criança, estava no jardim de sua casa e, ao chegar perto de um casulo, viu uma borboleta saindo e, por sua generosidade, natural de toda criança, ajudou a borboleta a se libertar daquela casca. Foi aí que Joe respirou fundo e disse: a Borboleta morreu! Joe parecia reviver aquela cena, e então juntando a língua e a mímica, me contou algo que jamais pensei. Você não pode ajudar uma borboleta a sair do casulo, elas precisam fazer força para abrirem suas asas, pois quando elas o fazem, se fortalecem e se estruturam. Se a borboleta não faz isso sozinha, ela não tem força para continuar. Essa anedota foi como um raio na minha cabeça. Joe disse: “Essa é a nossa pintura, vamos partir daí!” Nesse ponto da nossa troca começamos a pensar no projeto e as peças começaram a se encaixar.

 

        O Arizona é uma porta de entrada para os Estados Unidos. Faz fronteira com o México, e a presença de latinos na cultura é muito intensa. O muro que queríamos pintar era geminado a um mercado de frutas e verduras, cuja mão de obra era majoritariamente de mexicanos. Decidimos, então, trazer pro desenho algo que tivesse uma ligação com a cultura mexicana e com os produtos do mercado, dentro de uma cena que demonstrasse a pluralidade de culturas típica dos Estados Unidos.  

 

      Criamos, a partir daí, a história de um avô com seu neto, deitados na terra, no meio de uma plantação de pimentões, diante da borboleta saindo do casulo.   

   

        Como acontecera com Joe, a criança que decidimos pintar estava diante desse fenômeno pela primeira vez, e tinha como desejo colocar a mão no casulo, no intuito de ajudar a borboleta a “se salvar”. Mas, nesse instante, o avô gentilmente a segura, como quem quer ensinar que você não pode interferir na natureza divina, e que a dificuldade do crescimento é inerente à vida.

Mural Palm Tree California 

"A fotografia é um cartão de embarque para viajar no tempo" 

       Culver City, Los Angeles, 2018

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         Los Angeles é uma das maiores e mais dinâmicas capitais do mundo, considerada a cidade da criatividade; um lugar plano, cheio de planos. Em cada projeto que faço gosto de escrever um diário de bordo e me aprofundar no lugar, e para mim, estar na Califórnia, é sentir-me próximo do berço da indústria do cinema. Há, em Los Angeles, uma peculiaridade em relação à luz, que, para um artista, nunca passa despercebido. Sem dúvida, a peculiar luz daquele rancho chamado Hollywood, uma luz intensa, mágica e perfeita para exercer a fotografia magnetizou diversos cineastas, como a francesa Agnès Varda. Ela eternizou a arte e a luz de Los Angeles ao  rodar “Muros e Murmúrios”, documentário sobre os murais e os artistas de rua da cidade, em 1980.

 

          Inspirado por ela, fiquei com vontade de explorar e vivenciar a arte e a luz emanada por essa cidade, em busca de trocas pessoais e artísticas. Foi o que fiz no projeto “California Palm Tree”. As highways e seu trânsito eram pesados, mas eu estava leve, fluindo de lá para Santa Mônica, famosa pelo surf e pela qualidade de vida litorânea, certamente uma das expressões do “american dream”.

 

       Como se tratava de uma obra indoor, a ideia era aproveitar não apenas a parede principal, mas sim todo o espaço que mantinha uma sala acústica interna. Daí nasceu o bloco todo em preto, que representa o principal equipamento da empresa onde a obra ficaria exposta: as câmeras de cinema. Na parte principal da parede eu pintei uma espécie de representação da visão interna de uma lente, quando observada a imagem que se projeta nela. As faixas representam a refração de luz na lente, na curvatura onde se projetam as palmeiras, signos tropicais típicos da cidade. As cores sugerem  as tonalidades do  pôr do sol da região, mas as árvores ultrapassam esses limites, com uma luz tão vibrante como as alvoradas nos seduzem, cada dia num tom diferente.

 

          Essa pintura carrega o imaginário do fotógrafo. A ideia era se colocar no lugar do fotógrafo, olhar como quem olhasse pela câmera que eles trabalham. Cheguei nesse resultado entendendo que a escolha de uma lente depende também da memória, de como nós gostaríamos de lembrar de determinada imagem; nosso córtex visual é a melhor das lentes e a linguagem cinematográfica é a arte que melhor sabe dialogar com as nossas fantasias e imaginação.

White Shark

"A arte é viva"

São Paulo, Brasil, 2020

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                Meu interesse pelo tubarão branco começou aos sete anos de idade  quando assisti  o filme JAWS (Tubarão), de Steven Spielberg, lançado em 1975.  Era um filme assustador para qualquer idade. Nada impedia aquele instinto do animal em destruir tudo que havia pela frente,  e essa obra foi o modo como encontrei para lidar, subjetivamente, com meu medo.

 

          A natureza das espécies passou a me instigar da mesma forma que a tecnologia.  Passei a interpretar mais as combinações cósmicas, pesquisar mais sobre evolução e engenharia genética, e a observar de forma mais atenta os animais para conseguir desenha-los fielmente. No caso do tubarão, cuja estrutura é mais aerodinâmica que um carro, por exemplo, sua forma é o resultado da soma de força, desempenho e velocidade.

 

          Eu sempre tive o desejo de ver um animal como esse de perto, mesmo sem coragem pra mergulhar. O modo que encontrei para resolver essa contradição entre a curiosidade e o assombro foi por meio da escultura. Meu desejo infantil de ter um tubarão em um aquário se materializou, na minha mente, da seguinte forma: numa sala escura, com o som das ondas do mar, a única coisa que brilhava e tinha luz própria era  um bloco retangular de água em movimento, que flutuava no ar. A cada passo que a obra tomava corpo, aumentavam o som e a beleza da cena imaginada, dentro do bloco, onde estava o tubarão a me encarar; ele nadava como se estivesse no meio de oceano,  mas limitado pelo espaço. Eu havia acabado de imaginar que poderia produzir meu próprio aquário.

 

               O tempo passou e notei que meu desejo ardente não era exclusivo ao ver as obras de alguns artistas famosos, como o Damien Hirst, que transformou uma ideia singela em algo grandioso, o tubarão pescado e para sempre eternizado na “A Impossibilidade Física da Morte na Mente de Alguém Vivo”, de 1991. Eu já estava decidido a fazer minha versão, esculpindo os animais e desenvolvendo meu conhecimento das resinas, sabendo que, mesmo dando curso às minhas livres associações, a semelhança com a obra de Hirst poderia me render críticas. Foram quarenta quilos de resina para simular o bloco oceânico, e aproximadamente dez meses de trabalho para chegar no resultado final – fruto de muitas referências e intuiçõe.

 

             A arte é viva, almeja o impossível, e é preciso ter paciência não só com os críticos, mas com o processo criativo de cada um na concepção de sua obra.

Mural I Love SP

"O mural é um reflexo da arquitetura"

Praca Arquiteto Barry Parker 

São Paulo, Brasil, 2019

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             A minha paixão pela arquitetura começou com o Lego, meu brinquedo infantil favorito. A palavra “Lego” é a abreviação dinamarquesa para brincar bem. O Lego era mais que uma tela em branco; eu podia construir edifícios e projetar cidades com total liberdade.  A minha brincadeira ficou séria ao pintar murais nas cidades, levando cores aos blocos, agora reais, de tijolo e concreto.

 

            Uma das minhas mais fortes crenças é que a Arte é impacto. É muito simbólico fazer parte da paisagem urbana, pois a obra passa a pertencer a todos, democraticamente; é um reflexo da consciência e do modo de vida modernos.

 

        Com essa oportunidade de fazer mais uma obra aberta ao público,  livre, exposta a todos que passam e frequentam o local, fiquei pensando no que faria na praça em São Paulo que havia sido recentemente revitalizada. Eu estava diante de um desafio, pois a praça carregava um peso pelo seu próprio nome: Praça Arquiteto Barry Parker. Um dos seus feitos foi fundar o bairro do Pacaembu em São Paulo, famoso pelo Estádio Paulo Machado de Carvalho (estádio do Pacaembu) e também ao Museu de Arte Brasileira na  Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Ou seja, trata-se de um ponto singular dessa “Paulicéia Desvairada”.

 

            Fiz o projeto em um clima celebratório, partindo de um sentimento de amor pela cidade em que fui criado e pela sorte de fazer parte desse time de artistas que ocupam as ruas com seus próprios slogans. Eu amo São Paulo. É uma forma do artista se apropriar e ocupar o espaço urbano.

 

Mural Harley Davidson

"Afinal o tempo está contando"

São Paulo, Brasil, 2019

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           O meu fascínio pelo cinema vem desde  criança. O imaginário do cinema e suas histórias me fez criar diversos desenhos.  Mas, de fato, o meu crush pela Fat Boy da Harley Davidson nasceu em 1991, ao assistir “Exterminador do Futuro 2: O dia do Julgamento”, de James Cameron.  Os efeitos especiais desse filme estavam na vanguarda da tecnologia e o filme foi a maior bilheteria do cinema do ano. O que mais me chamou a atenção, como garoto, foi a moto.

 

     Eu estava na Rota 66 a caminho do Estado de Nevada quando recebi a encomenda deste projeto. O meu entusiasmo era enorme, eu estava na cena da minha próxima pintura, não apenas pelo do visual inebriante da região, mas também pela ideia de liberdade de cruzar a América enquanto viajava nos meus pensamentos.

 

          Era como se tivesse voltado no tempo. Quando era adolescente, andava de moto, o vento na cara, o corpo no controle de uma das mais fascinantes sensações. Um passeio  motorizado, numa manhã ensolarada era, para mim, também uma fuga para observar a natureza de onde alcançar.

 

      Esse era um projeto conceitual, então optei por desconstruir a Fat Boy, a principal moto da empresa. Pintar um mural de uma celebridade do mundo das máquinas era um grande desafio. Eu tive total liberdade na minha proposta.  A Rota 66 foi o tapete vermelho que eu estendi para a desconstrução da máquina. As letras projetadas na parede forma palavras que, por sua vez, constroem a visão de uma Fat Boy vista de cima, tal como a visão de uma águia, planando por uma estrada e observando uma Fat Boy igualmente voando. 

 

          Ao subir em uma moto dessa  envergadura você tem no  seu campo de visão o painel de velocidade, que é muito bem posicionado na construção arquitetônica da moto. No mural ele está em destaque: a representação do tempo, a ligação perfeita de torque, a aceleração e a velocidade. Afinal o tempo está contando. O painel também é uma metáfora para a liberdade da rota 66.

 

Violeta

"Simboliza tudo que rege o universo"

São Paulo, Brasil, 2020

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         Quem é Violeta?

 

       Violeta é a cor do sétimo chakra e está totalmente ligada à espiritualidade. A palavra chakra, em sânscrito, significa roda. São centros energéticos que orientam o corpo físico. Esse chakra está localizado na região do topo da cabeça; o chakra da coroa está em harmonia com a glândula pineal, representando nossa capacidade de se conectar espiritualmente.

 

    Aos que buscam o equilíbrio entre as forças da energia vital, é possível ter uma auto governança mais harmoniosa consigo e com a natureza, por meio do Violeta. O violeta, dentro do círculo das cores, simboliza tudo que rege o universo, e não é à toa que o sol, nossa maior fonte de energia, emite raios ultravioletas.

 

      Decidi a cor antes de imaginar a figura de uma mulher deitada e grávida. Sou homem, mas sou filho de uma mulher e quis, com essa obra, homenageá-las, valorizando a gravidez e a conexão direta da mãe com o divino. Quais sonhos tem essa nova mãe ao longo da gestação? Como espera por esse momento milagroso?  O resultado de um processo artístico como esse pode não ser perfeito, mas a natureza é.

 

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